O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas e
dentro tem um motor.
Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico.
É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso ele faz ronron
para mostrar gratidão.
No passado se dizia
que esse ronron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.
Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ronron em seu peito
não é doença - é carinho.
Poema enviado por Lu dos Anjos
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26 de jan. de 2010
21 de jan. de 2010
Clarice por Clarice
"Eu antes tinha querido ser os outros para conhecer o que não era eu. Entendi então que eu já tinha sido os outros e isso era fácil. Minha experiência maior seria ser o outro dos outros: e o outro dos outros era eu."
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca."
"...eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade."
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"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca."
"...eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade."
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2 de dez. de 2009
Cemitério de Polacas
Alexei Bueno
Nos beliches sobre o oceano,
Nas camas de Lapa ou Mangue
Fizeram-se, corpo e sangue,
Algo horizontal e plano.
Sob o lustre, ao som do piano,
Quanto gesto ousado ou langue,
Que mudo medo da gangue
Que as trouxe, que asco inumano.
Mas ei-las, ainda deitadas
Nos seus leitos de cimento,
Seus barcos sem amuradas.
Doadoras do esquecimento,
Ei-las na paz olvidadas
De todos, menos do vento.
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Nos beliches sobre o oceano,
Nas camas de Lapa ou Mangue
Fizeram-se, corpo e sangue,
Algo horizontal e plano.
Sob o lustre, ao som do piano,
Quanto gesto ousado ou langue,
Que mudo medo da gangue
Que as trouxe, que asco inumano.
Mas ei-las, ainda deitadas
Nos seus leitos de cimento,
Seus barcos sem amuradas.
Doadoras do esquecimento,
Ei-las na paz olvidadas
De todos, menos do vento.
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3 de nov. de 2009
Escuridão
Regina Vilarinhos
Há dias em que o inferno me esvazia.
Brigo com as sombras dessa loucura que espia.
Estômago, boca, olhos e anemia.
De mim nada mais sei, eu que tanto sabia...
No chão, a queda é fria:o corpo se despedaça,
a cabeça rodopia.
7. Deus me descansa. Nasce o dia.
Há dias em que o inferno me esvazia.
Brigo com as sombras dessa loucura que espia.
Estômago, boca, olhos e anemia.
De mim nada mais sei, eu que tanto sabia...
No chão, a queda é fria:o corpo se despedaça,
a cabeça rodopia.
7. Deus me descansa. Nasce o dia.
Para Giovana, que me está me ensinando a enxergar luz, sempre!
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5 de out. de 2009
Ruídos insones
vento na fresta da janela
folhas do antúrio batendo no vidro
carros passando (ou voando?) no estradão
motor da geladeira
asas da mariposa
televisão do vizinho
choro do bebê do vizinho
a voz da mulher do vizinho
água caindo na caixa d'água
pipa balançando ao sabor do vento agarrada no fio do poste
cachorros latindo nas ruas
meus cachorros latindo no portão
minha respiração
a caneta no papel
folhas do antúrio batendo no vidro
carros passando (ou voando?) no estradão
motor da geladeira
asas da mariposa
televisão do vizinho
choro do bebê do vizinho
a voz da mulher do vizinho
água caindo na caixa d'água
pipa balançando ao sabor do vento agarrada no fio do poste
cachorros latindo nas ruas
meus cachorros latindo no portão
minha respiração
a caneta no papel
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19 de mai. de 2009
Gabriel Garcia Marques
"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.
Gabriel Garcia Marques
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