Alexei Bueno
Nos beliches sobre o oceano,
Nas camas de Lapa ou Mangue
Fizeram-se, corpo e sangue,
Algo horizontal e plano.
Sob o lustre, ao som do piano,
Quanto gesto ousado ou langue,
Que mudo medo da gangue
Que as trouxe, que asco inumano.
Mas ei-las, ainda deitadas
Nos seus leitos de cimento,
Seus barcos sem amuradas.
Doadoras do esquecimento,
Ei-las na paz olvidadas
De todos, menos do vento.
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A eterna incompleticidade
Há 3 anos
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